A estória é bem curtinha, mas tem tantos caminhos e modos de interpretá-la. Por isto, eu a considero, na minha humilde opinião, genial. Ela é toda cantada, e a tradução para o português do Brasil ficou perfeita. Embora pareça até infantil, na verdade, toda sua feitura é infantil, ela trabalha com alguns símbolos do quotidiano que ainda são tabus nas conversações com as pessoas, digamos, na fase de infância e adolescência: a questão da identidade. Quero deixar bem claro que tenho uma personalidade bem definida e não possuo qualquer tipo de frustração quanto à minha pessoa. O que escrevo é apenas mera e comum inspiração. Muitas vezes, apenas tento entrar no ego das pessoas que me cercam, sem ao menos conhecê-las direito e tento imaginar o que elas poderiam imaginar e busco até sentir o que elas estariam sentindo. Por isto, é possível compreender que quase sempre não estou falando de mim, e muitas vezes até estou. Por exemplo, quando falei no monstro eu, fiz referências a questões de conflitos internos, mas é possível extrair "X" interpretações, pra ser resumido (uma dificuldade que tenho). Bem...E a questão da identidade pra mim é extremamente atraente, pois as pessoas parecem ter, de modo geral, uma tremenda dificuldade em se auto-definirem, se auto-criticarem, se conscientizarem que podem e até devem se auto-aperfeiçoar, que mudanças são possíveis (acredito na mudança). Eu me critico saudavelmente toda hora, sem terrorismo, pois me amo.